Barragem de Andorinhas

by | 26 Jan, 2023 | Lugares, Minho, Natureza, Províncias, Rios e Ribeiras

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É um muro de cem metros de comprimento, comummente conhecido por Barragem de Andorinhas, e separa as duas freguesias que se tornaram mestres na produção de filigrana lanhosense.

A troco de electricidade, oferece uma banheira de água insulsa a quem por ali passe. Estamos na Póvoa de Lanhoso e as indústrias da Zona Metropolitana do Porto moram longe. Como tal, quando o rio Ave aqui chega, vindo da Cabreira, está quase incólume, ainda com a transparência da nascente.

Um segredo de água doce

A grande vantagem da Barragem de Andorinhas é que pouca a gente a conhece – porque ela se dá pouco a conhecer. Afinal, logo ali ao lado, está a afamada albufeira do Ermal, que dá conta do recado a quem anda à caça de ludismo.

A parca comunicação de que goza diz respeito a esporádicos eventos ligados ao atletismo (o Trail das Andorinhas) e à natação (o Meeting de Águas Abertas das Andorinhas). É procurada por um punhado de amantes da pesca desportiva, que vêem aqui um bom ancoradouro para arrancar trutas, carpas, lagostins, e bogas. Fora isso, e pondo de parte as raríssimas incursões motorizadas vindas de lanchas ou motas de água, só mesmo por um grande acaso é que ela nos fica no caminho.

O espelho de água é pequeno. Em menos de quinze minutos contornamo-lo de carro. Em pouco mais de uma hora percorremo-la a passo. À sua volta há sempre uma linha de arvoredo, feita sebe, a emoldurar. Altera carvalhos com castanheiros, pinheiros com amieiros, quase todos de grande porte, guarda-costas de um lago inofensivo.

A estrada da margem esquerda, ou seja, a sul, é mais bonita – segue encostada ao rio, em certos troços quase selvagem, com discretos acessos em terra até à albufeira. A estrada da margem direita, a norte, afasta-se da linha de água e apanha umas moradias salpicadas das aldeias de Brunhais e de Travassos. Na união de ambas, a ocidente, temos a própria barragem, de uma certa simplicidade, que só lhe fica bem. Mas o melhor está reservado para a extremidade a oriente: o pontão, um pequeno corredor flutuante que desemboca numa plataforma – não pede outra coisa que não o salto, sobretudo em final de dia, com as cores do Verão a perder fulgor. É aí que se encontra um bar que serve o que o momento pede – cerveja borbulhante, tão gelada quanto a máquina deixar.

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Póvoa de Lanhoso – o que fazer, onde comer, onde dormir

Portugal nasceu aqui, num baluarte anterior à própria pátria, hoje conhecido como Castelo de Lanhoso - foi especialmente querido à história de D. Teresa, mãe de Afonso Henriques, que alguns consideram a verdadeira primeira monarca portuguesa. Além da renovada fortificação, há, logo ao lado, duas outras construções obrigatórias - o Castro de Lanhoso, que esteve na origem de tudo isto, e o Santuário de Nossa Senhora do Pilar, que começa no sopé do Monte do Pilar e chega até ao seu topo.

E no entanto, apesar dos três exemplos de património histórico descritos acima já serem suficientes para justificar uma visita, Póvoa de Lanhoso tem muito, mas mesmo muito, para ver. A destacar, temos a Filigrana que é trabalhada em Travassos e em Sobradelo da Goma, em primeiro lugar. Em segundo, o Centro Interpretativo Maria da Fonte, um espaço de pesquisa e divulgação de uma das mais célebres figuras da cultura popular, cantada e pintada e esculpida de norte e sul do país enquanto protótipo da mulher nortenha, e que de uma pequena revolta junto à Igreja de Fonte Arcada fez contagem decrescente para uma nova guerra civil. E em terceiro, caso haja possibilidade de ir a meio de Março, as Festas de São José, que se prolongam por uma semana mas que têm no dia 19 de Março o momento da sua majestosa procissão.

Quanto a lugares estivais, o pontão da Barragem de Andorinhas - num trecho predestinado do rio Ave, logo a jusante da lendária Ponte de Mem Gutierres -, e a Praia Fluvial de Verim, no extremo norte do município, são escolhas evidentes. Não muito longe desta última, o Pelourinho de Moure é uma curiosa obra que contraria o manuelino de onde brotou. E numa outra apertada praia, a Praia Fluvial da Rola, há o Santuário da Senhora de Porto d'Ave, responsável pela concorrida Romaria dos Bifes e dos Melões. De referência internacional é o DiverLanhoso, um dos maiores parques de aventura no continente europeu, com diversificada oferta de actividades, mormente para a criançada.

Nas comidas, os dois andares do Velho Minho guardam boa garrafeira e cozinha regional bem preparada - é bom o cabrito, finalizado com um pudim Abade de Priscos. Para dormir, o resguardo da Casa do Monte da Veiga, junto a Calvos (onde respira um dos mais belos carvalhos nacionais), dá noites sossegadas a quem as quiser, mas também a Villa Moura, em Fonte Arcada, entrega boa qualidade de serviço, piscina, e vista desimpedida sobre a serrania que cerca a sede de concelho.

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Mapa

Coordenadas de GPS: lat=41.56938​; lon=-8.19449

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