Praia Fluvial do Faial
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Muito perto da cidade de Braga, da qual apenas dista uns quinze minutos de carro, a Praia Fluvial do Faial encontra-se já no concelho de Vila Verde, apoiando-se nas faldas da vila de Prado, e faz bom aproveitamento do rio Cávado.
É muito conhecida dos praticantes de canoagem, quer amadores, quer profissionais – aqui ocorrem campeonatos europeus e mundiais -, sendo o espaço de eleição para o Clube Náutico de Prado operar as suas formações, treinos, e competições.
Um prado na vila de Prado
O que mais seduz na Praia Fluvial do Faial é o espaço de relvado que tem, intercalado com pequenas bolhas de areia. Podia ser feito para pasto vacum, mas quem realmente pasta por lá são os banhistas, apetrechados de toalha e livro de Verão ou revista da semana. Na época alta, isto é, em Julho e Agosto, sobretudo aos fins de semana, a enchente é garantida – estamos bem perto da periferia setentrional da cidade de Braga que se divide entre a Praia Fluvial de Adaúfe, a Praia Fluvial do Faial, e a Praia Fluvial de Merelim.
Ainda assim, para quem procura mais do que apenas água fresca para refrescar a pele, a Praia Fluvial do Faial avança com serviços que as suas vizinhas não têm, ou que têm em menor quantidade ou qualidade: campo de ténis e de futebol e de vólei, aluguer de gaivotas e canoas, parque de estacionamento generoso, parque de merendas, e um restaurante capaz (são famosas as sangrias de maracujá e alguns pratos de carnes vermelhas).
Núpera tradição é a de aqui se pôr gente a atirar-se ao seu primeiro mergulho do ano, no primeiro Domingo do mês de Janeiro. Um evento local que tem vindo a ganhar aderentes que testam a coragem e a resistência ao frio, mesmo se o tempo não estiver conveniente para corpos semi-nus.
O único problema é a sujeição às pontuais descargas poluentes do rio Homem, que desagua no Cávado bem perto da vila do Prado. A negligência ou a falta de civismo podem resultar numa invasão de bactérias pouco desejáveis, como já se viu acontecer em anos recentes. De qualquer forma, que fiquem os veranistas descansados porque, se tal se passar, a bandeira encarnada é hasteada e os banhos proibidos.
As tardes de fim de semana nos meses de Julho e Agosto
Vila Verde – o que fazer, onde comer, onde dormir
Vila Verde explica-se a si própria: para onde quer que se mire, é a cor que lhe dá nome que ataca os olhos. Estamos num dos mais longos vales do coração do Minho. Não admira que à nossa volta, debaixo de cada pedra, salte uma romaria. A ter de escolher, a de Santo António de Vila Verde ou a Feira dos Vinte da vila de Prado, são das mais concorridas.
E já que estamos na vila de Prado, terra em lugar prometido, numa das principais passagens do rio Cávado, leia-se um pouco sobre a fascinante história lendária da ponte que serve de papel de parede à Praia Fluvial do Faial. Um pouco a norte do vilarejo, e continuando no encalço do património lendário, temos o Penedo da Moura junto ao antigo castro, hoje popularmente conhecido como Monte do Castelo, ao qual só se acede com esforçada caminhada. E para nascente, uma nova lenda justifica um bizarro costume que deve ser comprovado na Casa das Promessas do Santuário do Alívio - à santa, é costume oferecerem-se cobras como ex-votos.
Mas vila verde não se percorre apenas entre montanhas. Na fronteira norte do concelho, há vila-verdenses serranos, a viverem nas sobras ocidentais do Gerês. Por lá encontramos uma pequena aldeia de nome Borges onde, segunda crença popular, um dente de São Frutuoso ajudava as povoações a curarem-se da raiva. E também na serrania vila-verdense tem lugar, no minúsculo povoado de Mixões da Serra, a famosa Bênção dos Animais, celebrada num livro e numa exposição fotográfica de Alfredo Cunha. Mais para sul, uma outra elevação foi equipada com torreão para defesa de um dos maiores apoiantes de D. Dinis na guerra civil contra D. Afonso IV - a Torre de Penegate.
Na gastronomia, não se pode sair de lá sem ir aos pratos elementares: as Papas de Sarrabulho (que têm uma versão especial na Feira dos Vinte), o Pica-no-Chão (do qual Vila Verde é capital), e o Pudim Abade de Priscos (cujo inventor aqui nasceu). Para ir ao melhor que o o concelho tem para entregar no prato, recomendam-se a Tasquinha do Cerqueira e a Toca do Lobo para as carnes. Com preço um pouco acima dos anteriores, mas famoso pelo bacalhau e pelo arroz de pica-no-chão (vulgo, arroz de cabidela), temos o Torres.
E para dormir, à cabeça, aparece a antiga Torre e Casa de Gomariz, actualmente revivida enquanto hotel de luxo, a Torre de Gomariz Wine & Spa Hotel. Mas há tanta oferta que podemos passar uma tarde inteira no processo de escolha. De portas recentemente abertas está o Recanto Nature, novinho em folha mas já com boa fama. Para casas, uma boa opção é a Casa Tarrio, a norte da sede de concelho, ou a Casa da Assudra, perto do Monte do Castelo.
Mapa
Coordenadas de GPS: lat=41.59784 ; lon=-8.45816