Castelo de Paderne

by | 30 Jul, 2014 | Algarve, Fortificações, Lugares, Monumentos, Províncias

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Pouco a sul de Paderne, quando a Ribeira de Quarteira, contornando um cabeço, desenha um cotovelo a apontar para Oeste, apresenta-se ao país este árido monumento chamado Castelo de Paderne, a que também deram o nome de Castelo de Almóada, cuja origem vem desde os tempos dos Cónios e Lusitanos (mais os primeiros do que os segundos), ou seja, anterior à data em que pessoal de Roma teve o sonho do Império Mediterrânico.

É conhecido por ser um dos sete que figuram na bandeira nacional

Adaptação muçulmana, conquista cristã

O look actual, contudo, remete-nos para tempos posteriores: altura em que, depois da invasão moura, os sarracenos se viram obrigados a construir uma segunda linha de defesa para fazer face à reconquista cristã, usando maioritariamente taipa como material de solidificação do forte, daí este aspecto de cor ferrugenta que não é caso único em terras algarvias, como se pode bem ver no Castelo de Silves. Uma vez lá dentro, encontramos uma cisterna comunitária, ruínas de uma zona habitacional, cemitério e capela.

O castelo andou, durante algum tempo, a ser disputado entre os dois exércitos religiosos que se guerreavam na península. No século XIII a conquista tornou-se definitiva para o lado cristão, com a ajuda de D. Paio Peres Correia, homem que ajudou também na conquista de Sevilha.

Terminada a sua missão como ponto estratégico de defesa, os seus habitantes de lá saíram e instalaram-se em terrenos mais propícios ao trabalho da terra e do gado, concentrando-se na que é agora a povoação de Paderne. Deixado ao abandono em vivência, o castelo não se libertou das lendas populares, sendo comum estar ligado às mouras encantadas, provavelmente os seres místicos mais famosos em Portugal, e à ligação que existiria entre a ribeira e o forte através de um corredor secreto. Crê-se ainda que, aquando da expulsão dos sarracenos, alguns destes mantiveram os seus espíritos vivos nos subterrâneos do castelo, audíveis pela actual cisterna, e que dali só saem ao meio dia ou à meia noite.

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Albufeira – o que fazer, onde comer, onde dormir

Albufeira foi uma das grandes vítimas do terramoto de 1755 e das guerras liberais. O pouco que dali sobreviveu nada interessa à maioria dos que cá vêm na época balnear, quando o concelho facilmente atinge uma população dez vezes superior à que tem no Inverno. O alvo desta gente, maioritariamente alemã, francesa, inglesa, até americana, são, claro, as praias. E são tantas que o tormento está em ter de escolher - com efeito, Albufeira, por tradição, lidera a lista anual de praias com Bandeira Azul no Algarve.

Nomeio, sem ter de puxar pela memória, apenas um parte delas: as famosas praias do Peneco e dos Pescadores, em frente da cidade; a Praia do Evaristo, conhecida pelo seu restaurante; a escondida Praia da Ponta Grande; a mínima mas bela Praia dos Arrifes; a convidativa e muito procurada Praia de São Rafael, guarnecida pelo hotel que lhe deu o nome; a exclusiva Praia dos Aveiros; a célebre Praia da Oura, uma balbúrdia veranil; a Praia dos Olhos de Água, que considero a mais bonita do concelho quando está vazia; a enorme Praia da Falésia, cujo nome presta homenagem à majestosa arriba que lhe é sobranceira. Há muitas outras que ficaram de fora, e demasiadas que desconheço...

Se está na minúscula minoria dos que pretendem mais do que areia, sol, e mar, então ponha a hipótese de visitar o lendário Castelo de Paderne, a nordeste da sede de município, ou dar corda às botas e ver as praias numa outra perspectiva, percorrendo a falésia da Reserva Natural Caminho da Baleeira. Indo na primeira quinzena de Agosto, dê um salto a um dos momentos mais marcantes do calendário religioso algarvio, a Festa de Nossa Senhora da Orada, ou a uma pequena celebração nos Olhos de Água dedicada a um dos nossos peixes favoritos, a Festa da Sardinha. Para Setembro, no primeiro fim de semana, ficam guardadas as Festas do Pescador, habitualmente a mais esperada celebração popular do concelho.

Na cidade, salvam-se ainda algumas casas do bairro antigo, bem como a Igreja da Misericórdia, e a icónica Torre do Relógio, curiosa obra de ferro forjado. Também na cidade, para comer bem, lembrem-se do recatado Staar, do espaço quente que é o Bistro, e do excelente mas muito acessível Lusitano, que trata a gastronomia algarvia com o orgulho de quem é de lá. Fora do centro, há uma taberna que é um mimo: o Cantinho do Mar, com comida tradicional e baratinho como toda a gente gosta. Bem perto deste último, temos o La Cigale, restaurante de praia nos Olhos de Água, com boa sardinha e boa cataplana, e também o Manzo, para quem gosta de carnes maturadas. Fora do circuito, a norte, há dois nomes a reter: Veneza, restaurante e garrafeira ao mesmo tempo, e com óptima ameijoa-preta; e Mato à Vista, para apurado peixe e ensopada carne. Do lado do Barlavento, temos o mítico Evaristo, que para quem ali passa férias, dispensa apresentações, e o restaurante da praia de São Rafael, instalado no meio da praia homónima.

Quanto à hotelaria, como sabemos, oferta não falta. Os preços, em época alta, sofrem a habitual inflação, e por isso é trabalho ingrato tentarmos, em Julho ou Agosto, ter valores para o bolso médio português quando quem está disposto a pagar não é de cá. Havendo disponibilidade financeira, sugere-se o EPIC SANA Algarve, grande empreendimento junto à Praia da Falésia, ou o Vila Joya, encostado à Praia da Galé. Para uma estadia despretensiosa, afastada das massas, o Golden Cliff House, à beira da Praia dos Alemães, é escolha acertada. Mais acessível é o Lost & Found, bom mas um pouco afastado das praias, e a Guest House Dianamar, praticamente no centro de Albufeira, embora seja difícil conseguir reserva nos meses festivos. Por fim, guardem este nome: Quinta do Mel, um achado que sabe servir produtos regionais ao mesmo tempo que oferece uma tranquilidade que raramente rima com as praias de Albufeira.

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Mapa

Coordenadas de GPS: lat=37.157161 ; lon=-8.200323

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