Loriga
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Loriga é uma vila sacada da Suíça e atirada para o meio da Serra da Estrela.
Entre a Penha do Gato e a Penha dos Abutres, afunila-se a terra até quase lhe perdermos o fundo, e é lá em baixo, onde o braço não chega, que nos deixamos encantar pelo vale de socalcos de Loriga, e pela vila do mesmo nome, encravada entre as ribeiras de São Bento e das Naves. Sendo mais ou menos aceite que Loriga provenha do latim (de lorica, que significa couraça guerreira), não é de descurar uma eventual proveniência céltica, ou pelo menos celtizada, vindo assim de lobriga.
A vida em Loriga
Antes, por aqui, sobrevivia-se à conta de centeio e castanhas, e pouco mais. Vive agora de pastores e rebanhos, que andam de planalto em planalto ao sabor das vicissitudes da terra, atravessando a parte que sobra de uma ponte romana e de trechos de estradas tão antigas quanto esta. As transumâncias da Serra da Estrela têm aqui porto seguro, e são uma realidade tão óbvia quanto a do trânsito em Lisboa ou no Porto.
Na zona mais moderna da vila, apareceu entretanto o fabrico de têxteis e a metalurgia, com operários vindos maioritariamente da zona da Covilhã.
Ficou recentemente célebre a praia fluvial de Loriga. Não é para menos. Para quem se encontre longe do mar, e com tamanha quantidade de serras a separá-lo do mergulho salgado, a praia de Loriga é das mais bonitas do país, já referenciada por guias nacionais e internacionais. Temo-la quase só para nós, com o pulmão de Portugal, a Estrela, a insuflar à nossa frente.
Loriga e o avião inglês
Sucedeu-se aqui um episódio curioso: a queda de um avião inglês, junto à Penha do Gato, já quase no final da II Grande Guerra. Os seis tripulantes morreram e foram cuidadosamente retirados dos escombros estando ainda hoje sepultados no cemitério de Loriga.
O primeiro-ministro Britânico veio à vila, oito anos depois, homenagear os seus compatriotas, e até ao presente dia que Loriga recebe uma participação monetária vinda do Reino Unido para manutenção das campas.
Tradições de Loriga
Num hábito relativamente comum nos lugarejos mais inóspitos, também aqui se cantam as Janeiras à entrada do novo ano, e, por outro lado, se realiza um ritual singular, a passagem do Cambreiro, um mastro de madeira que recolhe enchidos para oferta a São Sebastião, protector dos animais, num acto que tem ainda muito de pagão.
A festa das festas é, contudo, a que homenageia a Nossa Senhora da Guia, devoção trazida por vendedores de lã vindos de Vila do Conde, e ainda hoje celebrada no mês de Agosto junto à capela do Monte Gemuro, de onde se tem uma ampla vista da vila, e onde loriguenses locais e loriguenses emigrados se juntam a reviver passados.
Seia – o que fazer, onde comer, onde dormir
No concelho de Seia, antes de pensar onde quer dormir, deverá perguntar a si primeiro o que quer fazer.
Para visitar a estância de esqui, o ideal é aproximar-se da Torre, não esquecendo que, ainda assim, as dormidas mais práticas até ficam no concelho de Manteigas. A Casa da Carvalha e o Loriga Hostel, ambos situados na vila de Loriga, são bastante recomendáveis, tal como a Casa do Forno, em Valezim.
Para experienciar turismo rural em aldeias de montanha, além dos supracitados, sugerimos o Abrigo do Outeiro em Cabeça (em Dezembro Cabeça cria a sua Aldeia Natal, altura em que convém marcar com alguma antecedência) ou as Casas do Soito na pitoresca vila de Lapa dos Dinheiros. Nesta vertente de turismo de natureza, torna-se uma quase obrigação visitar a mão cheia de cascatas que podemos ver nos vários Poços da Broca.
Caso a intenção seja ficar mesmo junto a Seia e ir à busca de bons repastos de cabrito com os inevitáveis Queijo da Serra e Bolo Negro a terminar refeições, lembrem-se da Quinta de Vodra. E já agora, aproveite-se para explorar o Museu do Pão e as capelinhas do Santuário de Nossa Senhora do Desterro bem como a famosa Cabeça da Velha.
Promoções para dormidas em Seia podem ser vistas em baixo:
Mapa
Coordenadas de GPS: lat=40.324447 ; lon=-7.690377