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A Quinta das Lágrimas, o palco lendário da impossível história de amor entre o Infante Pedro e a aia Inês, foi estro das belas-artes feitas em Portugal, sobretudo na literatura, onde aparece em obras de autores tão díspares como Agustina, Aquilino, Camilo, Bocage, Garcia Resende, António Ferreira, Herculano, e claro, Camões, aquele que pôs em verso a beleza da galega que convenceu o príncipe português a contrariar os conselhos do rei. Menos faladas são todas as páginas que célebres escritores estrangeiros – nomeadamente em França, com Madame de Genlis ou Victor Hugo – se aprontaram a produzir assim que tiveram conhecimento da tragédia lusa, uma que poderia rivalizar com qualquer grande história de amor proibido vinda de qualquer recanto da Velha Europa.

A verdade é que o que hoje se conta sobre D. Pedro, e mais ainda sobre Inês de Castro, está algures entre a história e o mito – e a Quinta das Lágrimas, como cenário do drama, encosta-se tanto à fortaleza da crença quanto à do facto. É bem possível que Pedro e Inês passeassem por cá e revelassem desejos e confissões ocultos pelas densas copas das matas de Santa Clara – afinal, o Paço onde ambos moravam estava mesmo aqui ao lado, junto ao Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, um palacete que a Rainha Isabel, avó de D. Pedro, mandou erguer para que a sua linhagem tivesse bom sono e que, mais tarde, se viu arruinado pelas enchentes do Mondego. Porém, é certo que alguns dos poisos hoje associados a lugares secretos do casal dificilmente o foram na realidade, e o mesmo se aplica à famosa fonte que a lenda aponta como sítio da morte de Inês.

Que as fantasias criadas em torno da história não desfaçam a vontade de se visitar os exuberantes jardins da Quinta das Lágrimas, e havendo bolsa para isso, de aproveitar o hotel de luxo e o restaurante de excelência que agora operam no lugar do antigo palácio. De igual forma, que as dúvidas legitimamente levantadas quanto aos acontecimentos ocorridos nesta encosta que enfrenta a Alta coimbrã não afastem quem para cá vem à procura de virar novas páginas deste infortúnio shakespeariano. Afinal, uma quinta (como uma cidade ou um país) também se faz de mitos.

Pedro, Inês, e o rei que os vetava

Boa parte do que se escreveu sobre Pedro, o infante que se preparava para ser rei, e Inês, a galega que pôs D. Afonso IV, pai de Pedro, a estoirar de raiva, saiu de gente que viveu fora daquela época.

D. Pedro tornou-se, de certa maneira, o fundador da II Dinastia portuguesa, já que foi um dos seus filhos ilegítimos a tomar a coroa quando Castela sentiu ter direito ao trono português depois de D. Fernando não ter deixado varão. Assim sendo, foram vários os pedidos dos monarcas da Dinastia de Avis a requerer algumas linhas acerca de D. Pedro, isto mais de cinquenta anos depois da sua morte, e por vezes numa lógica até propagandística, de legitimação de uma nova linhagem real. A juntar, tivemos todos os objectos artísticos que se agarraram à trama entre pai, filho, e amante, cuja intenção era mais puxar à emoção do que dar a conhecer, e à cabeça temos logo as estrofes dedicadas ao amor de Pedro e Inês incluídas nos Lusíadas.

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Assim sendo, mais do que tarefa difícil, mostra-se acima de tudo tarefa ingrata estar a separar o trigo do joio: isto é, a filtrar narrativas para dizer ao público aquilo que provavelmente aconteceu, aquilo que hipoteticamente não aconteceu, e aquilo que certamente nunca aconteceu. E digo ingrata porque desmontar uma bela história para a tentar encaixilhá-la nos limites da realidade se pode transformar num gesto exclusivo de um desmancha prazeres. Não obstante, e para que nada fique de fora, conte-se aquilo que a lenda diz, em primeiro lugar.

A lenda de Inês de Castro

Inês de Castro chegou ao reino português como acompanhante de D. Constança, bisneta de Fernando III de Castela, e princesa prometida a D. Pedro. Rapidamente Pedro e Inês se apaixonaram. Uma paixão de morte, com todas as letras, como o futuro iria confirmar.

D. Constança e o seu sogro, o rei português D. Afonso IV, pai de Pedro, não aprovavam a relação. De tudo fizeram para que ela terminasse, incluindo transferir Inês para longe da família real, ou colocá-la como madrinha de um filho de D. Constança e de D. João para que a relação de Inês com este fosse considerada incestuosa aos olhos da igreja. Mas o amor vai sempre um pouco mais longe do que a prudência manda: Pedro e Inês mantiveram sempre os seus encontros, alguns deles numa bela quinta abençoada por dezenas de nascentes de água junto ao Paço da Rainha, onde partilhavam todas as promessas típicas da paixão adolescente.

D. Afonso IV viu na galega uma ameaça à integridade do reino de Portugal e, aproveitando uma saída do seu filho para uma caçada, mandou três homens da sua confiança para assassinar Inês. Inês foi degolada na Quinta das Lágrimas, a tal que assistia aos namoros entre ela e o infante, perto de uma fonte hoje assinalada com uma cruz. D. Pedro, regressado da caça, ao saber do que se tinha passado, entra em choque frontal com o seu pai e desencadeia uma guerra civil com o apoio de alguns nobres. A fúria de Pedro só é acalmada pela sua mãe Beatriz, que com muita diplomacia e paciência maternal consegue convencer o filho a chegar a um acordo de paz com o pai.

D. Afonso IV, entretanto, morre. Pedro sobe ao trono. Ao contrário do que prometera, persegue os três assassinos da sua amada. Um deles escapa-se. Os outros dois são condenados à morte e é o próprio Pedro que lhes arranca o coração com a mão – um pelo peito, outro pelas costas. Declara que casou com Inês e que, como tal, ela deve ser considerada monarca. Nesse sentido, ordena que o seu corpo seja desenterrado e que Inês, agora um esqueleto, seja coroada e beijada pela fidalguia e pelo bispado e pelo povo como sua rainha.

Um túmulo é talhado, por decisão de D. Pedro, para receber Inês de Castro no Mosteiro de Alcobaça. D. Pedro entende fazer outro túmulo para si. As urnas são colocadas frente a frente, diz-se que para que cada um veja o outro em primeiro lugar, assim que chegar o dia do Juízo Final.

A história de Inês de Castro

Ao contrário do que muitas vezes acontece, a lenda de Inês de Castro é uma criação erudita e não popular. Como tal, entendamos que alguns dos pormenores descritos em cima podem ter sido acrescentados em diferentes cronologias e formatados pela estética própria de cada época. Fora isso, é válida a argumentação de que boa parte da lenda converge com o que se vai sabendo acerca do romance entre Pedro e Inês – e o que se vai sabendo não é assim tanto, convenhamos.

Certeza temos sobre a família e a infância de Inês, descendente de uma poderosa Casa castelhana que, nos seus primeiros anos, foi criada por Afonso Sanches no Castelo de Albuquerque, na actual Extremadura espanhola. E aqui está uma das chaves para perceber o porquê do ódio que D. Afonso IV tinha pela jovem galega. Afonso Sanchez era filho ilegítimo de D. Dinis. D. Afonso IV, por seu turno, era filho legítimo de D. Dinis. Os dois Afonsos, filhos do mesmo pai, filhos do mesmo rei, eram, portanto, meios-irmãos. O problema de Afonso, futuro rei, era a indisfarçada predilecção do pai por Afonso Sanches, filho ilegítimo, ao ponto de o subir à posição de Mordomo da Coroa, uma das mais importantes funções do recente reino de Portugal. O infante Afonso, provavelmente movido pelo medo de perder um trono futuro que por direito lhe pertencia e pela angústia de ver o seu pai a favorecer um outro filho em vez de si, resolveu enfrentar D. Dinis. Com ele tinha o povo livre, as cidades, os cavaleiros-vilões, alguma nobreza, e importantes bispados. D. Dinis recrutava, do seu lado, a fidalguia e as Ordens. Mas D. Dinis perdeu e viu-se afastado da coroa, que, a partir daí, passou para o seu filho. Afonso Sanches, o favorito de D. Dinis, teve de recorrer ao exílio, e passou para o outro lado da fronteira, precisamente para o raiano Castelo de Albuquerque, lugar dos primeiros anos de Inês de Castro. Concluindo, Afonso Sanches foi, para todos os efeitos, uma espécie de padrasto ou padrinho de Inês de Castro, o homem que acompanhou os momentos mais importantes da sua educação, e Afonso IV, sabendo disso, poderá ter visto na galega um reflexo do meio-irmão que sempre detestou e que quase lhe ficou com o reino.

Sabe-se também que ao mesmo tempo que o romance entre Pedro e Inês perdurava, uma guerra civil em Castela tomava curso. Neste caso por causa de um outro Pedro, o Cruel, que se viu traído por algumas das mais influentes famílias do reino – uma delas a família Castro, isto é, a de Inês. Os Castro, desiludidos com o seu rei, tentaram puxar o infante Pedro de Portugal para liderar a guerra com Pedro de Castela, fazendo dele legítimo herdeiro da coroa (dado ser neto de D. Sancho de Castela) e da sua amante Inês a sua nova mulher. A jogada era simples: de uma assentada, os Castro retiravam Pedro, o Cruel, do trono castelhano, substituíam-no pelo infante D. Pedro, o português, e de caminho ficavam com uma Castro como rainha. A principal interlocutora entre os Castro e D. Pedro era, lá está, Inês – quem melhor para convencer um homem do que a mulher que ele mais ama? D. Afonso IV, contudo, não se deixava persuadir pelos planos de conquista de Castela vindos dos Castro. Com razão. Portugal ainda tremia no que tocava à sua autonomia, e a última coisa que se pretendia era um eventual falhanço num apoio a uma guerra civil do vizinho do lado, que não só comprometia o reinado do infante D. Pedro em Castela como até podia pôr em causa o reinado deste por cá. Inês de Castro, portanto, era tida como persona non grata na intimidade de Pedro, uma emissária mal intencionada, com requerimentos megalómanos e envenenados que prejudicavam a política nacional.

Terá sido isto, muito mais do que um possível escândalo amoroso ou sexual, como por vezes se alega, que levou D. Afonso IV a querer eliminar Inês. Casos de adultério, neste contexto, raramente se entendiam como controversos. Era comum o rei ter amantes, era comum que algumas dessas amantes estivessem no cortejo das rainhas, era comum as rainhas saberem disso, e era comum que dessas relações resultasse bastardia. Que Pedro tivesse um ou mais namoricos, não mereceria grande resposta, nem da sua mulher, nem do seu rei. O que preocupou a corte foi o facto de o namorico se ter transformado numa estrondosa paixão e de o alvo da paixão ser uma bela mulher, de origem galega, irmã de poderosos fidalgos que queriam ver o rei de Castela deposto e educada por um homem que foi filho protegido de D. Dinis. Inês era, para D. Afonso IV, material radioactivo, mais ainda quando Constança, mulher de D. Pedro, morreu a dar à luz, dando espaço e tempo para o infante se entregar à galega que tanto amava.

Apontamentos como o beija-mão à rainha depois de morta e desenterrada, a extracção do coração de dois dos assassinos, a execução de Inês na Quinta das Lágrimas, são adereços que compõem o caso amoroso com um sombrio e mórbido dramatismo que garantiram a sobrevivência deste pedaço de história. É altamente improvável que algum destes se tenha de facto verificado, embora haja base histórica que fundamente a sua invenção. A questão do casamento secreto assumida por Pedro, por exemplo, nunca ficou bem resolvida. Seria bom saber se Pedro e Inês foram, alguma vez, marido e mulher, até para decidirmos como devemos tratar Inês – se por rainha Inês de Castro ou apenas Inês de Castro. Casados ou não, é dado histórico que da sua relação descenderam quatro filhos, um deles finado ainda na infância e três outros que viriam a ter uma palavra no porvir dos reinos ibéricos (há bisnetos de D. Pedro I e de Inês de Castro que viraram reis ou rainhas de Aragão, de Castela, e de Portugal). No que concerne aos túmulos mandados fazer por D. Pedro, um para si e outro para a sua amada, sobre isso temos prova material no Mosteiro de Alcobaça, à vista de todos, e são uma das grandes obras-primas da arte escultórica em Portugal (o pormenor de se encontrarem posicionados frente a frente de maneira a que se vejam mutuamente no Dia do Juízo Final é uma extensão lendária).

Contas feitas, a relação amorosa entre Pedro e Inês tornou-se tão impactante no imaginário português que foi capaz de ofuscar a obra real dos seus intervenientes, muito em especial a de D. Pedro, do qual pouca gente sabe o que empreendeu enquanto rei. Quanto a Inês, ficou para sempre a personificação do amor fatal, um amor que, pensávamos nós, só existia na cabeça de grandes dramaturgos. Como moldura de um e de outro colocou-se um cenário teatral, uma paisagem idílica, digna de filme, à qual chamámos Quinta das Lágrimas.

Espelho de água na Quinta das Lágrimas

O romantismo dos jardins da Quinta das Lágrimas

Arcadas do Hotel Quinta das Lágrimas

O hotel de luxo, antiga casa solarenga

Bancadas no Anfiteatro Colina de Camões

O Anfiteatro Colina de Camões onde, no Verão, ocorrem concertos

A Quinta do Pombal

A Quinta do Pombal é o nome original da Quinta das Lágrimas. Existe desde o século XIII, primeiro como território gerido pelo Mosteiro de Santa Cruz, depois como arena de caça da Casa Real portuguesa. Há documento que comprova a sua relação com a Rainha Santa Isabel, que de cá construiu uma calha que conduzia a água do outeiro até ao Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, aquele que ajudou a levantar depois de vários desentendimentos com as autoridades cruzianas, do outro lado do Mondego.

Posteriormente, chegou a ser propriedade da Universidade, e no século XVII viu-se alvo de requalificação, numa intervenção mista entre arquitectura paisagística e engenharia hidráulica que a deixou já, em parte, parecida com o que presentemente vemos. Na primeira metade do século XVIII, tornou-se património da família Cabral de Castro, que a completou com uma casa solarenga. De passagem, houve visita de Arthur Wellesley, futuro Duque de Wellington, que cá pernoitou quando defendia o país das invasões napoleónicas. Na segunda metade do século XIX, ocorre outra renovação, desta vez para criar o jardim que muito deve ao romantismo então em voga. O palacete original que os Cabral de Castro obraram sofreu profunda destruição com um incêndio, e forçou nova edificação, também na segunda metade do século XIX.

No início do século XX, a herdade já se assemelhava em muito com aquilo que é correntemente visitável. No entanto, houve três recentes cirurgias que lhe mudaram a cara, e para melhor: a primeira foi a instalação do Hotel Quinta das Lágrimas, de uma elegância invejável, que readaptou o palácio a nova função; a segunda veio do ateliê de Gonçalo Byrne, o mesmo que idealizou o moderno Museu Nacional Machado de Castro, e que neste caso ampliou a unidade hoteleira com nova peça; e enfim, uma terceira, realizada por Cristina Castel-Branco, que reformou significativamente toda a área verde, com o ordenamento de um novo jardim de desenho medieval, com a restruturação do antigo jardim romântico, e com a magnífica e galardoada obra do anfiteatro Colina de Camões, uma delicada bancada de pedra diluída na alameda a envolver um bonito lago.

Actualmente, a Quinta das Lágrimas é percorrida por milhares de visitantes, a maioria deles casais, fazendo jus à sua reputação de feudo de amores (e de tragédias, acrescento, porque só excepcionalmente existe um sem o outro). Os caminhos sulcados entre arvoredo exótico e mata nacional, entre lagos forjados e ribeiros orgânicos, entre nascentes omissas e fontes lendárias, puxam pares de namorados para cá sem ser preciso grande publicidade para os convencer. Vêm pelos jardins, é certo, mas também porque vêem na paixão de Pedro e de Inês, talvez, um retrato da sua. É por isso que os dois lugares favoritos são, precisamente, aqueles que mais relacionamos com a causa inesiana: a Fonte dos Amores, pelo lado bom, e a Fonte das Lágrimas, pelo mau.

A Fonte dos Amores

A Fonte dos Amores tem uma envolvência que nos remete para o domínio da fantasia. Não exactamente pela fonte, que no meio de tudo o que a cerca acaba por ser o elemento menos vistoso. Antes pela porta de arco quebrado e pela janela neo-gótica instalada no século XIX já quando o estilo romântico dava os últimos respiros na Europa. Mas também pelo murete de coberto de heras que enquadra o canal de água e pela figueira da Austrália que se impõe a curta distância, de sólidas raízes parcialmente a descoberto.

Segundo a lenda, aqui se reuniam Pedro e Inês, e nos momentos de ausência da galega, Pedro enviava barquitos de madeira com mensagens de amor pelo veio de água abaixo, até alcançarem as mãos da sua amada.

Na realidade, o nome Fonte dos Amores (ou Cano dos Amores) é, ao que tudo indica, anterior à relação entre o infante e a fidalga. Porventura terá sido precisamente por se chamar Fonte dos Amores que, depois, se associou tal geografia ao principal ponto de encontro entre o casal.

Fonte das Lágrimas

Já a Fonte das Lágrimas, menos encenada do que a anterior, foi alcunhada por Luís de Camões, quando na sua magna obra versou que “As filhas do Mondego, a morte escura / Longo tempo chorando memoraram / E por memória eterna em fonte pura / As Lágrimas choradas transformaram / O nome lhe puseram que ainda dura“. Aceitando Camões que este seria o sítio onde Inês de Castro foi martirizada, degolada por três súbditos de Afonso IV, entendeu ele, com a genial aplicação poética com que nos brindou ao longo de dez Cantos, que as Musas do Mondego (um paralelo beirão às Tágides do Tejo, também por ele criadas) choraram sem parar a morte da galega, e que daí se fez uma nascente de água – a Fonte das Lágrimas.

A crença ganhou novos adeptos quando um borrão avermelhado se descortinou na rocha. Sobre ele, a ciência diz que se trata de uma espécie de algas. Sobre ele, a lenda afirma que é o sangue de Inês, ali gravado para memória das seguintes gerações. Como complemento, a vala de água que se inicia na Fonte das Lágrimas tem a forma de uma cruz, apropriado desenho para quem ali caiu no último sono.

Lembro que, por simetria, do outro lado do Mondego, seguindo a direcção da Ponte de Pedro e Inês para nascente, se encontra um outro jardim, esse denominado Penedo da Saudade, que, de acordo com a tradição oral, foi onde Pedro fez o seu luto quando soube da morte da sua princesa.

Em jeito de corolário, uma curiosidade. Conseguimos remeter cada fonte para um lugar espiritual muito seu: a Fonte dos Amores é sinal de vida, a Fonte das Lágrimas é sinal de morte. Interessante que para a herdade se tenha escolhido o nome de uma delas, e a decisão recaiu na da morte. Por hábito, quando pomos à prova a complexidade da mente humana, a dimensão trágica costuma levar a melhor.

O gótico (ou neo-gótico) da Quinta das Lágrimas

Arcos góticos como entrada nos jardins da Quinta das Lágrimas

A Fonte das Lágrimas em forma de cruz

Uma cruz talhada no chão, na Fonte das Lágrimas

Torre da Universidade e Paços das Escolas

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