Praia do Magoito

by | 25 Jun, 2019 | Estremadura, Lugares, Natureza, Praias, Províncias

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Uma fonte de iodo que também é areal, assim se pode resumir a Praia do Magoito. Situa-se na foz da Ribeira da Mata e é uma de muitas na belíssima linha de costa do Parque Natural de Sintra.

A praia do iodo

É quando paramos o carro no parque de estacionamento lá em cima, na arriba, que podemos ver toda a extensão da Praia do Magoito. E é de lá, no acesso norte que se faz à praia, que conseguimos perceber todo aquele tapete de algas, num verde que se opõe à cor da areia. São corredores de iodo que saem do mar e invadem o espaço tomado pelos humanos quando o calor aperta – o que em Sintra, mesmo no Verão, nem sempre acontece.

Diz a ciência que esta é mesmo das praias com maior penetração de iodo da Europa. O cheiro que nos bate não engana. Um intenso odor a alga e a mar propaga-se até às altas falésias que vigiam o areal de todo o lado (uma delas, em particular, tem incrustada uma duna consolidada, que é precisamente aquilo que lemos – areia que, conjugada pela acção eterna dos elementos, foi batendo até se tornar sólida.

É precisamente o facto de estar cercada por escarpas que garante um conjunto de condições especiais para o turismo balnear, sendo muito procurada nos meses estivais. Ainda assim, se avançarmos em direcção a sul, afastando-nos do estacionamento e dos dois espaços de restauração, conseguimos encontrar clareiras suficientes para pousar toalhas sem restrições de capacidade.

Um evento estranho

Na Praia do Magoito dá-se um estranho fenómeno de base anual: todas as Sextas-Feiras Santas – isto é, a Sexta-Feira antes do Domingo de Páscoa -, aqui se formam grupos de pessoas com um objectivo comum, a apanha do mexilhão. É certo que, por tradição, nesta data não é suposto comermos carne. Mas isso, por si só, não chega para explicar um rito que já dista bastante no tempo, ao ponto de ser difícil dizer quando começou.

A prática faz-se quando a maré recua, deixando os bivalves bem à vista e à mão de semear. Nessa altura, preparam-se os sacos e rapam-se as rochas dos mexilhões maiores.

Soube recentemente que o fenómeno não é singular, e que também outras praias do concelho de Sintra e Cascais o tomam como seu – nomeadamente a Praia das Maçãs . Talvez na procura de melhores condições para a apanha, com mar menos bravio e melhor acesso aos afloramentos, o costume propagou-se do Magoito e das Maçãs até outros areais.

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Sintra – o que fazer, onde comer, onde dormir

O concelho de Sintra é dos poucos em Portugal onde temos uma colectânea de quase todas as paisagens possíveis do país - há campo (como em Colares e as suas particulares vinhas), há vilas históricas (como a própria vila de Sintra), há praias (e tantas são elas, como a Praia Grande, a da Ursa, a das Maçãs, a da Adraga, a do Magoito, a de São Julião ou a das Azenhas do Mar, entre muitas outras), há promontórios (como esquecer o mítico Cabo da Roca?), há serra (com todos os seus altos, da Peninha ao cume sintrense do Castelo dos Mouros), e há urbe (já entrando nos pólos suburbanos de Lisboa, como Mem Martins).

As dormidas que se recomendam dependem, por isso, de qual o objectivo da visita. Sendo também evidente que por se escolher um sítio perto da costa não significa de todo que não se possa ter um passeio cultural ou uma caminhada serrana - está tudo ali à mão.

Ainda assim, e por partes: para estarmos perto do centro histórico da vila, recomenda-se a Casa da Estefânea Boutique Bed and Breakfast e o Sintra Bliss Hotel (colada à Estação de Comboios de Sintra); para um registo mais bucólico, temos a Eugaria Country House by Lost Lisbon e a aristocrática Quinta de São Tadeu; para destino balnear, salientam-se algumas casas que podem ser alugadas, como a Sintra Maçãs Beach House (com dois quartos e junto à praia homónima) e o belo chalet O Amorzinho Sintra Praia.

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Mapa

Coordenadas de GPS: lat=38.86252; lon=-9.45001

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