Ventas do Diabo
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As formas das rochas têm, desde que a humanidade existe, inspirado a criatividade da mente – veja-se por cá o caso das Pedras Baloiçantes, a título de exemplo. São milhares os rochedos deste país que acabaram apelidados pelo saber popular dada a sua curiosa forma. O mesmo aconteceu com as Ventas do Diabo, uma silhueta insólita no coração do maciço calcário da Estremadura portuguesa.
Narinas do inferno
No Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, mais concretamente no topo da elevação conhecida como Costa de Mira, há uma poupa cársica que mais parece uma crista de uma onda que se apresta a rebentar na vila de Mira de Aire.
Nesse ermo, também conhecido como Penedo Padrão, duas cavidades, que de tão amplas se vêem de longe, criam a sensação de que um nariz pétreo se levanta das profundezas da terra. Daí até ao nome por que é conhecido deve ter sido um instante: o seu perfil assustador ganhou o cunho popular de Ventas do Diabo.
Quem quiser ver as narinas de perto terá de se preparar minimamente. O caminho pode ser feito desde vários pontos de partida, começando na Mata, por exemplo, ou começando na zona alta de Mira de Aire. Carreiros de terra batida levam-nos até ao sopé da Costa de Mira e mal nos vejamos cá em baixo, centrados com o focinho diabólico, é só começar a subir, sem grande organização, aproveitando qualquer abertura que a vegetação e que os afloramentos calcários nos dêem. Quanto mais lá em cima, mais difícil se torna a escalada. Alcançar o diabo não poderia ser tarefa miúda.
A boa notícia é que há recompensa. De lá de cima, exactamente no sítio onde levaríamos com a respiração demoníaca das Ventas do Diabo, afinal reina a paz. A vista não tem impedimentos. Vemos ao longe o Cabeço de Marvila e o seu parque eólico, a norte o verdejante vale do Mindinho, e a sul o polje de Minde e de Mira que, com sorte, nos meses chuvosos, vira uma ovalada lagoa fronteiriça entre as duas terras.
Narina do diabo vista de perto
Porto de Mós – o que fazer, onde comer, onde dormir
Porto de Mós lembra-nos de imediato o herói Dom Fuas Roupinho, de quem pouco sabemos tirando em contextos lendários ou mesmo milagrosos. O Castelo de Porto de Mós está a ligado a esse homem nobre - a fortaleza distingue-se da tradicional arquitectura guerreira portuguesa e deve ser visitada de perto.
A sul da vila dispõe-se o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros que tem muito para ver: as incontornáveis Grutas de Mira de Aire, actualmente classificadas como uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal; as aldeias de casario calcário de Alvados e Alcaria; o fenómeno geológico criador do anfiteatro natural da Fórnea; as curiosidades resultantes da pedra moldada pelo vento e a chuva como as Ventas do Diabo; e até, se houver sorte, conhecer alguém que fale a variação mirense do calão que tem origem em Minde, conhecido localmente por Piação.
Na comida, destaca-se o restaurante Cova da Velha a meio da nacional entre Alvados e Porto de Mós, e a Toca do Largo, na praça da igreja de Mira de Aire. Nas dormidas, realçamos em Porto de Mós o The Watermill - O Moinho da Ribeira, ou no parque natural o Cooking and Nature - Emotional Hotel e o Noz Por Cá.
Ofertas e promoções para dormidas no concelho podem ser vistas em baixo:
Mapa
Coordenadas de GPS: lat=39.53643; lon=-8.7324