Festival L Burro i L Gueiteiro
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O nome não engana, “L Burro i L Gueiteiro” trata-se de um festival do planalto do nordeste português, que traduzido do mirandês ganha o nome de “O Burro e o Gaiteiro”.
Um festival diferente – mirandês e ambulante
Será enganador chamá-lo de festival, porque na cabeça das gentes, um festival é parado e são as pessoas que se movimentam. Aqui é o festival que se movimenta, e quem quiser participar terá de ir atrás dele. Uma espécie de romaria, portanto, mas onde a santa é a natureza.
Impulsionado pela incontornável banda Galandum Galundaina, já de referência internacional para quem liga a isto dos folclores, serve dois bons propósitos: promover e proteger aqueles que, juntamente com a língua, serão os três grandes ícones da cultura mirandesa – a gaita de fole e o burro autóctone.
O que o caracteriza, e o que o torna bom, é a simplicidade, uma antítese dos espectáculos de luzes a que nos habituamos nos festivais de Verão mais convencionais. Pouco se tem que inventar, havendo pessoas e burros e foles. Pegamos nos melosos asnos mirandeses, sentamo-nos, e acompanhados de quem sabe o cancioneiro do nordeste, vamos andando, com o vagar do passo dos animais, que parecem saber que não há pressa de chegar a lado nenhum. “L Burro i L Gueiteiro” é essencialmente isso, vaguear com a banda sonora desses roncos infernais saídos das gaitas. Baila-se, come-se, canta-se, dorme-se, e baila-se, e come-se, e canta-se, e come-se. Que é quase tudo o que importa para um tipo ser feliz.
Em 2017 conta com nova edição. Começa a 26 de Julho, fecha a 30 do mesmo mês. Cinco dias e quatro noites, de jumento e ao relento. E logo a seguir pode aproveitar-se o facto de se andar por aquelas zonas para ir ao encontro da folk no Festival Intercéltico de Sendim.
Miranda do Douro – o que fazer, onde comer, onde dormir
Miranda do Douro e o seu planalto são, a par com algumas manchas do Algarve, das zonas mais diferenciadas do país. A sua cultura, partilhada em parte com a asturo-leonesa, distingue-se de praticamente tudo o que vemos no resto do país, começando, logo à cabeça, pela Língua Mirandesa, ainda usada como forma de comunicação em algumas aldeias do concelho. Mas há muito mais: os burros, as capas de honras, as gaitas e as flautas, os pauliteiros, as postas, as alboradas, os festivais... tudo isso é merecedor de ser admirado com tempo.
E é assim, sem olhar para o relógio, que se recomendam sítios como o Puial de l Douro com vinha própria e vista para a Sé (aproveite-se também para visitar o Menino da Cartolinha), a Casa de l Cura que conta com extras como salão de jogos e piscina, a lareira comum das Casas Campo Cimo da Quinta, ou o enorme bom gosto da Casa de Belharino.
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