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Brufe é a típica aldeia que dizemos estar por trás do sol posto, mas não está. Também lhe atiramos o chavão de ter parado no tempo, mas não parou tanto assim. Digamos que foi envelhecendo a seu vagar, e que até dá sinais de quem quis piscar o olho à modernização com a anexação do restaurante O Abocanhado, casa de comidas da terra com linhas contemporâneas mas mesmo assim a aconchegar-se nas cores autóctones do Gerês.

Aldeia de montanha

A povoação é um mimo. Fazemo-la em quinze minutos, se tanto, mas jamais deve ser vista em corrida. É feita para estarmos parados e só usarmos os olhos, um luxo nas horas que correm.

As casas, que se contam com poucas mãos, são oitenta por cento granito e vinte por cento madeira. Firmes como qualquer típico lar minhoto, bem cunhadas num terreno que sofre das normais inclinações serranas do Parque Natural Peneda-Gerês. Como se fossem marcos fronteiriços, há espigueiros que bastem, não fosse o cereal um dos fornecedores naturais das gentes de Brufe.

Deixe-se o carro nas costas do restaurante que falámos acima, e volte-se a subir aquilo que o automóvel desceu. A aldeia está para cima. À esquerda, como prefácio, temos uns três ou quatro espigueiros de dimensão considerável numa eira verde como a Irlanda. Mais à frente vem o casario. Faça-se essa coisa meio esquecida que é a de andar em oito e em pouco menos que um cigarro sentimo-nos parte de lá.

Os trilhos empedrados guiam-nos por toda a casa que lá existe, não passando essas de quatro dezenas. Há um campo de basket improvisado para a miudagem ir dar uns toques – se é que essa trupe ainda lá vive -, importunado por um outro espigueiro na linha de meio campo.

Diz uma placa que em Brufe as pessoas estavam livres de combater na Primeira Grande Guerra, porque estas eram precisas por cá, a guardar fronteiras galego-minhotas, numa altura de nacionalismos crescentes.

Há ainda uma vivenda solidária, que deu comida e bebida àqueles que passavam fome por altura da II Guerra Mundial. Depois faça-se o caminho de regresso, descendo esta colina à qual chamamos Serra Amarela, esta que Torga também percorreu e apelidou de um dos ermos mais perfeitos de Portugal.

No final, olhe-se para baixo, para todo o vale que afunda à nossa frente, onde um dos rios mais transparentes do país, o Rio Homem, corre até ao Cávado.

Espigueiro junto a casa típica minhota, em Brufe

Casa e espigueiro em Brufe

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Terras de Bouro – o que fazer, onde comer, onde dormir

Terras de Bouro são terras do Gerês. Chão de lobos e lontras. A quase virgem Mata da Albergaria e a sua Cascata da Portela do Homem devem ser vistas pelo menos uma vez na vida. Toda a estrada que segue daí até Vilarinho das Furnas (a antiga aldeia agora convertida em energia hídrica) merece ser percorrida com todo o vagar. Os povoados, onde as transumâncias são quotidiano, têm o encanto das aldeias de montanha - e, de caminho, lembrem-se do restaurante Abocanhado, em Brufe, para dar alento à vista e ao palato.

Para ver tudo isto como é obrigatório ver, considerem estadia em pleno parque. A aldeia do Gerês, uma espécie de Sintra setentrional, tem oferta mais do que suficiente e, ainda assim, consideramos que as melhores escolhas estão fora do perímetro da povoação - a Casa do Avô Xico, à beira rio, é perfeita para férias entre família e amigos; e a Casa do Saramagal, sozinha no meio da serra, é ideal para quem procura descanso.

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Mapa

Coordenadas de GPS: lat=41.765237 ; lon=-8.238523

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