Cascata da Portela do Homem
Monumentos
Natureza
Povoações
Festas
Tradições
Lendas
Insólito
Roteiros
Quando, no Gerês, vindos de Vieira do Minho, virmos umas indicações a indicar Espanha (algumas delas riscadas e substituídas, em graffiti, por Galiza – curiosas provocações regionais do país vizinho), façam-se à estrada.
A recompensa virá ainda antes da fronteira aparecer, na Mata da Albergaria. Uma pequena ponte une as margens de um rio que aqui ainda está a nascer. É o rio Homem, o mesmo que deu o nome à portela que aqui se abre, a cair por onde a encosta permite, formando uma cascata de água dura – a Cascata da Portela do Homem.
A praia fluvial do Gerês
Será pouco conhecida para quem não frequenta o mais bonito dos Parques Naturais portugueses, não desfazendo os restantes. Mas na realidade, para quem o Gerês é destino recorrente – quase sempre portugueses do norte e galegos do sul -, a Cascata da Portela do Homem não deverá ser uma novidade.
Bastará cá virmos em meses quentes e percebemos logo, até pelo número de carros que se alinham lá em cima, no parque automóvel junto à fronteira. Confirmamos quando chega o momento de, junto à ponte, saltarmos de pedra em pedra até lá abaixo – as toalhas de banho vão sendo cada vez mais frequentes à medida que o ribeiro se aprochega. Esta é a praia fluvial mais escolhida na zona, sem dúvida, e ainda assim consegue ser de ninguém.
Isto porque, imediatamente a seguir à queda de água, o leito afunda, criando um tanque natural. Será esta a piscina que os veraneantes procuram, porque a jusante o rio torna a ganhar força. O amortecimento da corrente neste poço granítico coloca a água à disposição do sol, ficando mais quente, ou por outra, menos fria: estamos a falar de água de nascente, não há como dourar a pílula quanto à sua temperatura – é fria e acabou.
Convém, contudo, visitá-la para banhos apenas no Verão. Nas restantes estações, ela cá está para ser vista, o que já é reconfortante que baste, mas as chuvas, que aqui não são raras, dobram ou triplicam a propulsão da queda de água, aumentam o caudal do rio (o que dificulta o acesso à lagoa), e dão maior força à corrente.
Terras de Bouro -o que fazer, onde comer, onde dormir
Terras de Bouro são terras do Gerês. Chão de lobos e lontras. A quase virgem Mata da Albergaria e a sua Cascata da Portela do Homem devem ser vistas pelo menos uma vez na vida. Toda a estrada que segue daí até Vilarinho das Furnas (a antiga aldeia agora convertida em energia hídrica) merece ser percorrida com todo o vagar. Os povoados, onde as transumâncias são quotidiano, têm o encanto das aldeias de montanha - e, de caminho, lembrem-se do restaurante Abocanhado, em Brufe, para dar alento à vista e ao palato.
Para ver tudo isto como é obrigatório ver, considerem estadia em pleno parque. A aldeia do Gerês, uma espécie de Sintra setentrional, tem oferta mais do que suficiente e, ainda assim, consideramos que as melhores escolhas estão fora do perímetro da povoação - a Casa do Avô Xico, à beira rio, é perfeita para férias entre família e amigos; e a Casa do Saramagal, sozinha no meio da serra, é ideal para quem procura descanso.
Mais ofertas em Terras de Bouro em baixo:
Mapa
Coordenadas de GPS: lat=41.80366 ; lon=-8.12844