Cascata do Arado
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De fácil acesso – quer de carro, quer a pé -, a Cascata do Arado vaza água do alto dos seus 900 metros de altitude. É com essa pujança que começa o rio Arado, que vai daqui, ou ligeiramente a norte daqui, até à sua foz no rio Fafião, a oeste da povoação com o mesmo nome.
Cascata múltipla
Quem cresceu nos anos 80 ou 90, como eu, lembrar-se-à por certo das coloridas molas slinky, que se impulsionavam a si mesmas escadas abaixo. É mais ou menos isso que acontece com a sucessão de quedas de água que forma o que chamamos de Cascata do Arado – porque se quisermos ser rigorosos, não estamos a falar apenas de uma mas sim de várias, a descer degraus de granito até à base da arriba, resultado de uma luta milenar entre a nascente e a pedra.
As viagens à cascata, no estio, são muito comuns. Os curiosos juntam-se aqui, bem como alguns praticantes de canyoning. Os locais preferirão outros pontos, seguramente menos óbvios – e eles existem bem perto, ora a montante, ora a jusante. Por vezes, principalmente nos fins de semana, pode haver filas para quem pretende apenas fotografá-la. Por isso, sugere-se que o tour seja feito pela altura da Primavera ou do Outono, que por acaso até são as duas melhores estações para se descobrir as cores do Gerês, além de garantimos também que as nascentes têm água em barda.
Até à Cascata do Arado
A chegada é relativamente fácil. Neste aspecto, distingue-se da vizinha Cascata do Tahiti, que não dispõe de grandes acessibilidades e, por isso, goza de maior sossego; e da Cascata da Portela do Homem, a norte, que apesar de bem servida a nível viário, é demasiado estreita para receber muita gente. Mas voltando à Cascata do Arado: por estrada alcatroada chegamos até a cerca de um quilómetro dela. E o resto é em terra batida mas perfeitamente apta a qualquer carro, mota ou bicicleta. Se se preferir ir de sola no chão, melhor – sempre se aprecia todo este Minho frondoso de árvores nobres, acompanhadas pelos urzais de montanha e pelas orvalhinhas tão frequentes nas águas do Gerês. Pare assim que vir uma ponte de dois arcos, está no sítio certo.
Depois, temos duas hipóteses: ir pelo leito acima, num corredor pedregoso, por onde se entranha o rio, o que será mais fácil quando o caudal está baixo – e, nos meses de Verão, o cenário mais provável é esse; ou em alternativa tomar as escadas que se encontram na margem esquerda, isto é, à direita de quem sobe o rio – aí, trepamos uns quantos degraus que desembocam numa pequena plataforma, um miradouro, bem diante da cascata.
Se a ideia é estender uma toalha, o melhor é arranjar uma pedra aplanada a jusante da ponte. Não só por ser a zona onde mais facilmente arranjamos poiso, como por ser a vertente solarenga de todo aquele espaço. Há quem arrisque uma aproximação à queda de água. Nada contra, mas atenção às aventuras. A pedra é escorregadia, as águas por vezes traiçoeiras. Acidentes não são raros.
O rio Arado imediatamente a seguir à cascata
Terras de Bouro – o que fazer, onde comer, onde dormir
Terras de Bouro são terras do Gerês. Chão de lobos e lontras. A quase virgem Mata da Albergaria e a sua Cascata da Portela do Homem devem ser vistas pelo menos uma vez na vida. Toda a estrada que segue daí até Vilarinho das Furnas (a antiga aldeia agora convertida em energia hídrica) merece ser percorrida com todo o vagar. Os povoados, onde as transumâncias são quotidiano, têm o encanto das aldeias de montanha - e, de caminho, lembrem-se do restaurante Abocanhado, em Brufe, para dar alento à vista e ao palato.
Para ver tudo isto como é obrigatório ver, considerem estadia em pleno parque. A aldeia do Gerês, uma espécie de Sintra setentrional, tem oferta mais do que suficiente e, ainda assim, consideramos que as melhores escolhas estão fora do perímetro da povoação - a Casa do Avô Xico, à beira rio, é perfeita para férias entre família e amigos; e a Casa do Saramagal, sozinha no meio da serra, é ideal para quem procura descanso.
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Mapa
Coordenadas de GPS: lat=41.72383 ; lon=-8.12997