Senhora do Salto
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A Senhora do Salto é um dos pontos de destaque da Rota do Românico. Trata-se de um curto lanço do rio Sousa, quando este se aperta entre duas arribas, formando uma garganta à qual o povo se habituou a chamar de inferno.
Onde fica a Senhora do Salto?
Fica em Aguiar de Sousa, e é preciso estar com alguma atenção para se dar pelo desvio para o Parque Natural, que tem acesso por uma estrada estreita e de declive acentuado, a descer em direcção ao rio. Quem parece conhecer bem o trajecto são os motoqueiros que em tardes domingueiras lá se concentram, provavelmente para atestarem o corpo no café que lá está debruçado. Já a pé, e passando o tal café, temos duas hipóteses: ir para a esquerda, em direcção aos pilares de betão que sustentam um gigante viaduto, ou ir para a direita, onde encontramos a Senhora do Salto.
Em qualquer uma das opções temos o leito mesmo ao nosso lado. No primeiro caso, o Sousa está calmo, fruto de um pequeno travão que o homem lhe pôs, ao estancar com cimento o avanço das águas. Aqui, quando olhamos para cima, e temos esse monstro rodoviário chamado A41 a importunar a natureza. No segundo, o rio já corre sem amarras, a trepar todo o xisto que apanha no caminho, e é nesse cenário que encontramos este achado, depois do Sousa fazer uma curva em forma de U. Há um pequeno percurso que nos põe ao lado das águas e nos faz atravessar uma instável ponte em madeira até chegarmos, calhau após calhau, ao ponto sem saída que é o já falado inferno: uma pequena cascacata que avança por entre duas paredes, dando uma sensação um tanto claustrofóbica a quem lá está.
A lenda da Senhora do Salto
Numa pedra aplanada vemos as cinco covas que deram o mote para a lenda: a de um cavaleiro que, perseguindo uma lebre ou um veado, aqui caiu, e que sob invocação de Nossa Senhora acabou por sobreviver, representando estes buracos as quatro patas e o focinho do equídeo.
A lebre, numa versão, ou o veado, numa outra, eram, segundo a lenda, uma encarnação do diabo, e facilmente se pode comparar este milagre com um outro, mais famoso, passado na Nazaré, quando Dom Fuas Roupinho, saído do Castelo de Porto de Mós e em caçada no lugar do Sítio, invocou Nossa Senhora para que ela o não deixasse cair precipício abaixo, numa altura em que um veado (o diabo) o atraiu até à morte certa.”
Mapa
Coordenadas de GPS: lat=41.127956 ; lon=-8.434244