Menir do Tojal
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Numa encosta apontada a oriente, Manuel Calado encontrou uma enchente de menires e antas. Um desses achados foi descoberto in situ. Onde sempre estivera e de onde nunca saíra. O Menir do Tojal.
O megalitismo do Tojal
Foi em Janeiro do ano 2000 que um arqueólogo português, Manuel Calado, se atirou a uma encosta de Montemor-o-Novo para, no espaço de tempo de apenas uma hora, descortinar sete antas, um cromeleque e um menir tombado mas assente na sua posição original. O episódio veio no seguimento de um reconhecimento já antes feito pelo mesmo arqueólogo no final de 1999 onde as evidências de que estávamos perante a revelação de novos monumentos megalíticos eram fartas.
Na altura, Manuel Calado apelidou a experiência de uma jornada inesquecível, e não é para menos. São demasiados achados para um dia só, todos eles efectuados no Monte do Tojal, numa linha que não ultrapassa um quilómetro de comprimento.
O conjunto de menires, depois de estudado, tinha um alinhamento diferente daquele que é hábito no Alentejo. Em vez de circular, a fila de pequenos menires da base é interrompida, perfilando assim um cromeleque em forma de ferradura (e virada para nascente) e não em forma de circulo, aproximando-o de outros europeus, nomeadamente os da Bretanha francesa.
E havia depois um outro menir granítico, no topo da encosta, coberto e descaído mas cuja base mostrava o seu posicionamento original. Na parte superior podiam ver-se várias covinhas esculpidas na pedra. Nesse mesmo ano, o menir foi colado à sua base e está agora, portanto, in situ, pronto a ser visitado e fotografado tal e qual como foi pela primeira vez levantado.
Pelos artefactos descobertos em seu torno – onde predomina o sílex em vez da cerâmica -, concluiu-se que esta seria uma zona de circulação mas não propriamente de residência dos povoados do Neolítico.
Para irmos ao encontro do Menir do Tojal teremos de nos preparar para uma caminhada de cerca de meio quilómetro. Há vedações de arame a taparem-nos o acesso mais directo através do monte. O percurso é feito por uma pequena estrada de terra batida, aberta por rodas de tractores, e a admissão à vertente é feita por uma pequena portinhola de madeira que temos de esforçadamente abrir. Subindo então o Monte do Tojal pelo lado sul, cercados por ervado seco, lá o vemos.
Está no centro de uma armação, também ela de madeira e arame, mas com abertura suficiente para podermos entrar. De lá espreitamos todo um horizonte de sobreiros que se espraia para oriente, de onde o sol vem. É um momento propício à consagração. Uns poucos minutos para nos apartarmos daqui, fundamentais para quem gosta de cá andar.
Montemor-o-Novo – o que fazer, onde comer, onde dormir
Montemor-o-Novo, terra quente acastelada e de povoamentos antigos, tem no megalitismo uma das suas principais atracções - veja-se a quantidade de exemplos que foram encontrados no Monte do Tojal, entre antas, um cromeleque, e o Menir do Tojal. Até as ermidas podem lembrar esses pretéritos milenares, olhe-se para a Anta-Capela de Nossa Senhora do Livramento. Mas a maior referência do passado longínquo montemorense é a Gruta do Escoural, habitada desde a proto-história e de visita injuntiva.
Para estar perto de tudo isto, lembramos que aqui fica o luxuoso L'AND Vinyards, com quartos espaçosos, maiores que muitos apartamentos, piscina exterior e piscina interior (esta última aquecida). Para quem não quiser abrir tanto a carteira, há mais soluções igualmente boas. O Palacete da Real Companhia do Cacau, oitocentista e com vista para as muralhas do Castelo de Montemor. E o MirArte, nome apropriado para o espaço de um escultor cujas obras, ou pelo menos algumas delas, são apresentadas no local - tem terraço, piscina de sal exterior e apartamentos para casais ou famílias maiores.
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