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Num primeiro olhar, parece apenas mais um pão de ló. Este, todavia, foi reconhecido como uma das 7 Maravilhas de Portugal na categoria “Doces de Portugal”. E desde aí virou o principal embaixador de Vizela, superando até as termas por que o concelho sempre foi conhecido.

Pode ser comido em qualquer altura do ano, mas é nas importantes festas do calendário cristão (Natal e Páscoa) que a corrida ao Bolinhol ganha adeptos.

História e legado

O doce vizelense nem sempre foi conhecido enquanto Bolinhol. Os seus nomes passados – alguns dos quais ainda hoje ditos – eram mais descritivos. “Pão de Ló Coberto” e “Pão de Ló de Vizella” seriam os títulos usados preferencialmente. O nome Bolinhol chegou tarde e há duas teorias a explicar a mudança: a primeira, prática, diz que bolinhol é uma derivação natural de bolo; a segunda afirma que o doce era antes protegido com panos de linhol e que bolinhol resulta assim da contracção de bolo e linhol, o que me parece bastante verosímil dada a quantidade de produção doméstica de linho e seus derivados no território.

Certo é que, independentemente da forma como o tratamos, algo muito parecido com o Bolinhol de hoje já era feito nos finais do século XIX por uma senhora de Vizela, Joaquina Pedrosa da Silva, e que esta teria herdado parte do saber da sua mãe. O início do século XX viu o pão de ló ganhar fãs nas redondezas de Vizela, sobretudo na vizinha cidade de Guimarães, e por fim aterrou no Porto tendo sido aí que chegou à boca de uma classe abastada ou privilegiada – industriais portugueses, ingleses dos vinhos do Douro, aristocracia e oligarquia espanhola (conta-se que Franco o gabava).

A descendência de Joaquina Pedrosa Silva trouxe, enfim, duas marcas diferentes de Bolinhol: um lado da família ficou com o “Pão de Ló Coberto de Vizela – Delícia“, a primeira das lojas a abrir; um outro, que durante um certo período de tempo andou pelo Brasil, criou o “Kibom“, cujo nome tem óbvia fonética brasileira – encontram-se ambos na mesma artéria vizelense (a Rua Dr. Abílio Torres), lado a lado, se quiserem experimentá-los é aqui que devem vir. Actualmente, duas outras casas juntaram-se à produção e são reconhecidas pelo município: a “Pastelaria Fina” e a “Pastelaria Ponto de Pérola“, também em Vizela.

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