Vale Glaciar do Zêzere
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Este é daqueles casos em que dizer perdido no tempo tem um sentido mais literal do que estilístico. Porque aqui, nesses anos em que perdemos literalmente o sentido de tempo, houve uma glaciação que foi pintora daquilo que agora se vê, no Vale Glaciar do Zêzere.
O grande glaciar da Estrela
Estamos na presença da maior língua glaciar da Serra da Estrela, com cerca de 13 quilómetros de comprimento, e, como o nome indica, é por aqui que o Rio Zêzere corre de encontro ao seu irmão maior, mais a sul: o Tejo. A sua extensão resulta da confluência de quatro outras línguas glaciares: a de Nave de Santo António, a de Candieira, a de Covões, e por fim, a de Covão da Ametade. As moreias que nadam na chamada Lagoa Seca lá estão a confirmar esta curiosidade geológica, produto de antigos glaciares.
O vale acabou por se transformar num recinto perfeito para caminhadas de dias completos. A sua formação pode hoje ser vista no seu Centro Interpretativo, localizado em Manteigas, terra mítica da Beira Alta.
Terá uma abertura mais próxima de um U do que de um V, o que lhe dá uma suavidade que é até um pouco rara no meio daquelas penhas feridas e angulares que caracterizam a paisagem serrana da Beira Interior, seja da Alta ou da Baixa.
Ao longo de tão harmonioso afunilamento de terra somos surpreendidos com penedos graníticos que brotam do chão sem vergonha, dando uma cor nova às fotografias que se vão tirando com os olhos, sempre que a estrada que desce nos possibilita um pequeno encosto na berma.
A picotar a penedia estão as casas típicas da Estrela, também conhecidas como cortes, além dos habituais rebanhos que andam a reboque dos seus pastores, nas habituais transumâncias serranas, e de toda a fauna e flora, da que se esconde à que está a descoberto.
Mapa
Coordenadas de GPS: lat=40.399833 ; lon=-7.539206