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Os acessos para Chaves vindos de sul fazem-se através de quatro pontes mas a alma da cidade reside exclusivamente numa delas: a Ponte Romana de Chaves ou Ponte de Trajano.

Mas o filho do alcaide, primo e antigo noivo da sarracena, não se deu por derrotado, e quis recuperar aquela que, afinal, deveria ser sua esposa. Disfarçou-se de mendigo e uma vez, sobre a Ponte de Trajano, conseguiu aproximar-se da amada que lhe fugira. Quando a bela mulher se preparava para lhe dar esmola, Abed olhou-a e soltou uma maldição, e ela desapareceu, como fumo, dizendo ainda o árabe que só o amor de um cavaleiro cristão, outro que não o seu actual amor, a poderia salvar.

Os amores proibidos são uma constante nas lendas em Portugal, e raramente acabam com final feliz.

Dizem que a moira se esconde debaixo do terceiro arco da ponte, à espera de um cavaleiro de fé cristã que a socorra, e segundo se conta, houve mesmo um que a ouviu e fugiu com medo, sabendo ele da reputação vingativa das nossas moiras encantadas. Nas noites de São João (as de solstício de Verão no pensar de um pagão), fala o povo que se conseguem ouvir os seus gritos de desespero, aos quais ninguém tem coragem de acudir.

História e arte da Ponte de Trajano

Obra-prima da engenharia importada de Roma com praticamente dois mil anos de existência, a ponte ligava duas cidades de máxima importância no Império: Bracara Augusta (actual Braga) e Asturica Augusta (actual Astorga), passando o rio Tâmega e estendendo o seu tabuleiro granítico ao longo de quase 150 metros.

Apesar de contar com dezoito arcos originais (e mesmo este número é discutido), nem todos eles se vêem – actualmente, apenas nove fincam pés no leito do rio, e outros três poisam pé na terra. É hoje pedonal, tornando a ganhar o papel de ponte de pessoas que teve no passado. Faz-se de arcos de volta perfeita, embora dois deles sejam visivelmente mais alongados, aparentemente numa readaptação de três antigos arcos dos quais foram feitos dois.

Conta com duas colunas lado a lado, como guardas exteriores: uma primeira enquanto homenagem ao Imperador Trajano, uma segunda ao Imperador Vespasiano, embora qualquer uma delas destaque também os povos que a ajudaram a erguer.

A moira da Ponte de Trajano

E agora que a parte chata está dita, vamos ao que interessa, que é o que o povo faz dela.

Crê-se que debaixo do terceiro arco da Ponte de Trajano existe uma moira encantada, ser místico do folclore português, equivalente às fadas irlandesas. Foi lá parar por causa de história de amor.

Conta-se que um cristão, a meio de uma batalha na reconquista de Chaves aos árabes, avistou a sobrinha de um alcaide, orfã e criada pelo tio e que este prometera ao seu filho Abed. O cavaleiro interrompeu os golpes da sua espada. Foi paixão à primeira vista, ele por ela, e ela por ele. O cristão raptou-a e recusou-se a dá-la como moeda de troca de prisioneiros de guerra, tomando a moura como sua mulher. Viviam agora na cidade de Chaves já cristianizada, felizes.

Mas o filho do alcaide, primo e antigo noivo da sarracena, não se deu por derrotado, e quis recuperar aquela que, afinal, deveria ser sua esposa. Disfarçou-se de mendigo e uma vez, sobre a Ponte de Trajano, conseguiu aproximar-se da amada que lhe fugira. Quando a bela mulher se preparava para lhe dar esmola, Abed olhou-a e soltou uma maldição, e ela desapareceu, como fumo, dizendo ainda o árabe que só o amor de um cavaleiro cristão, outro que não o seu actual amor, a poderia salvar.

Os amores proibidos são uma constante nas lendas em Portugal, e raramente acabam com final feliz.

Dizem que a moira se esconde debaixo do terceiro arco da ponte, à espera de um cavaleiro de fé cristã que a socorra, e segundo se diz, houve mesmo um que a ouviu e fugiu com medo, sabendo ele da reputação vingativa das nossas moiras encantadas. Nas noites de São João (as de solstício de Verão no pensar de um pagão), fala o povo que se conseguem ouvir os seus gritos de desespero, aos quais ninguém tem coragem de acudir.

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Mapa

Coordenadas de GPS: lat=41.7382 ; lon=-7.466986

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