Quinta da Marquesa

by | 12 Jan, 2018 | Lugares, Natureza, Províncias, Quintas e Jardins, Ribatejo

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A Quinta da Marquesa, outras vezes apelidada, entre os azambujenses, por simplesmente Marquesa, é um monte de ruínas num alto de Azambuja. Há a história dela, que vem nos livros, e depois há a estória dela, que vem num jornal, e que é bem mais sumarenta.

A história da Quinta da Marquesa

A história da Quinta da Marquesa não é muito diferente de outras casas senhoriais que se espalham em torno da capital.

Moradia de gente rica que foi passando de família nobre para família nobre, no habitual jogo de casamentos que foi apanágio do Velho Continente por séculos a fio.

Houve aqui romarias locais à Capela de Nossa Senhora do Desterro (provavelmente a parte mais intacta de todo o conjunto). Por aqui passaram também os Teles e os Castro e os Mascarenhas e os Menezes, e por estas bandas reuniu-se a realeza para as habituais caçadas praticadas nas redondezas alfacinhas.

Muito honestamente, não é tanto esse panfleto informativo que é relevante, ou pelo menos o que se torna, para mim, merecedor de destaque. Mas talvez seja a passagem de gente tão afortunada por estes lados o ponto de partida para o grande segredo que se fala acerca da Marquesa.

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Vista para a lezíria ribatejana da Quinta da Marquesa

A lezíria da Quinta da Marquesa

Um tesouro na Marquesa?

Estou habituado a visitar lugares sobre os quais já li. Desta vez, fui ao destino às escuras e só depois, pegando num curioso livro de Vanessa Fidalgo acerca de lugares abandonados de Portugal, soube mais acerca dele.

Mas aqui chegados, mesmo sem grande bagagem informativa, acabamos por gostar do que vemos.

Estamos numa pequena elevação que existe na saída oriental de Azambuja, na qual encontramos as ruínas da antiga casa e uma capela intacta o suficiente para não a confundirmos com outra coisa qualquer – à volta, olhando para sul, temos o manto verde característico da lezíria do Ribatejo, comum a todas estas terras férteis à beira do Tejo.

O melhor, contudo, e lendo aquilo que li, esconde-se no subsolo da Marquesa, onde parece haver, segundo um relato de um jornalista da primeira metade do passado século, um túnel de várias saídas e no qual poderá esconder-se um tesouro antigo.

A ideia de nestes terrenos se esconderem variadas câmaras de mistérios e a hipótese de ir em busca delas relembra-me as férias de Verão que passava no campo, ainda miúdo, quando era capaz de dar toda a mesada que tinha por um quinhão de aventura que fosse. A procura de um tesouro nas profundezas das lezírias azambujenses é uma lembrança desses filmes juvenis dos anos oitenta, com o Goonies à cabeça, hoje inspiração de muitos outros.

No fundo, uma revisita à Quinta da Marquesa é agora mais do que provável, para pelo menos tentar ter uma experiência semelhante à do jornalista cujo testemunho li.

Ruínas de casa e capela, na azambujense Quinta da Marquesa

Casario arruinado no monte conhecido como o da Marquesa

Mapa

Coordenadas de GPS: lat=39.07767 ; lon=-8.85782

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