Igreja de São João de Alporão

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A Igreja de São João de Alporão marca uma transição de um estilo que foi marcante em Portugal para um outro que gozou de grande destaque na Europa mas que, por cá, teve passagem modesta.
No primeiro caso, falo do Românico, que se concentrou no norte e centro-norte do país, sendo este exemplo um dos poucos casos estabelecidos nas zonas mais meridionais. No segundo caso, falo do Gótico, que foi peso pluma em território português: quer porque, na sua fase inicial, foi evitado porque estávamos ainda em plena Reconquista e os adornos eram um luxo dispensável em momentos de guerra; quer porque, numa fase posterior, foi substituído pelas ornamentações marítimas de estilo Manuelino (há quem o trate até por gótico português). O templo eleva-se ao título de monumento nacional, e foi igreja, e recebeu peças de teatro, e até de armazém serviu, sendo agora adaptada a museu.
Igreja forte
É por isso estranho ver uma igreja como esta aqui, no Alpram (que deu origem ao Alporão por que hoje é conhecida), sobretudo tendo em conta o período de construção que, a acreditar nas melhores fontes, se terá iniciado entre 1180 e 1190, isto é, com o Reino de Portugal ainda a décadas de estar consolidado no extremo sul. Menos estranha era a torre que lá andava, levantada na parte lateral, entretanto destruída, mas que parecia dar a este santuário uma outra cara, mais guerreira, e portanto mais de acordo com a situação beligerante que então se vivia. É esse lado bélico, seguro, de paredes fortes, que, de certos ângulos, a transformam numa espécie de igreja do Minho trasladada para o Ribatejo.
Isto no exterior. Porque no interior, e pouco tempo depois de construída a nave, dá-se na Igreja de São João de Alporão uma mudança criativa, como se a meio de uma pintura algum investidor tenha decidido mudar de pintor. Lá dentro, começa a despertar um certo apuramento do gosto – aquilo a que na Europa setentrional se convencionou chamar de gótico. Os arcos sobre as janelas estão quebrados, as rosáceas aparecem, a nave cobre-se de um arco em ogiva, e as nervuras incorporam uma abóbada na capela-mor, naquele que seria um dos primeiros, se não o primeiro, compartimento gótico do país, um que daria o mote a alguns outros do porvir – mas nunca atingindo a magnitude e a complexidade daquelas colossais catedrais góticas da Alemanha e Normandia.
Santarém – o que fazer, onde comer, onde dormir
Santarém tem dois monumentos obrigatórios que vivem lado a lado: a Igreja de São João do Alporão e a Torre das Cabaças. A estes, junte-se a Sé (Igreja de Nossa Senhora da Conceição) e, no final de Outubro ou início de Novembro, o Festival Nacional de Gastronomia.
Nunca deixar a cidade sem comer no Quinzena. As dormidas na cidade têm bom serviço na Casa da Alcáçova, com belas vistas para o Tejo. Fora da urbe, destacam-se a Villa XIII (uma típica casa com piscina e jardim envolvente), a Meio Country House (mais a norte, a pouco tempo do Parque da Serra de Aire e Candeeiros), e a Quinta M (onde se destacam os yurts em redor da piscina).
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Mapa
Coordenadas de GPS: lat=39.235569 ; lon=-8.679949