Vila Nova de Milfontes

by | 23 Jun, 2015 | Baixo Alentejo, Lugares, Povoações, Províncias, Vilas

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Nesse paraíso (e não, não é desbaratar a palavra – trata-se mesmo de um paraíso no sentido mais evocativo do termo) balnear que é o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, que inclui toda a costa que vai de São Torpes à Praia de Burgau, esta última já no eixo algarvio virado para sul, dobrado o Cabo de Sagres, mora uma pequena vila com o nome de Vila Nova de Milfontes, sendo esta um dos melhores miradouros que Portugal tem para o seu vizinho mar ocidental. É um dever fazer todo o caminho serpenteante entre a Praia da Ilha do Pessegueiro até lá, em terra batida e a encher o corpo daquele sal marinho que dá um sabor distinto ao ar. Vila Nova de Milfontes aparece repousada naquele outeiro rente às aguas, quando o Mira nos trava o acesso directo para terras mais meridionais.

Terra d’água

Feita de poucas casas, caiadas, como é de decreto baixo-alentejano, e da sobra de um castelo da cor da areia que se levanta na esquina que o rio Mira faz com o oceano Atlântico, é uma terra de e para quem pesca.

As mil fontes que se juntaram ao nome evidenciam isso mesmo, uma abundância de água que é estranha à província, conhecida pela secura. Vive disso e do turismo, sendo Vila Nova de Milfontes uma fonte de repouso, funcionando como alternativa pardacenta a algum do caos que é a costa sul do Algarve. Estando na foz de um rio, a diversidade de peixes à mercê da pesca é grande: dos achatados pargos e linguados, às compridas moreias e às esticadas bogas, não esquecendo os moluscos como as ameijoas ou o mexilhão.

E mais além, o mar, que tem o tom que deve ter: azul e mais azul até se perder o azul de vista, quase sempre com um sol forte lá espelhado.

Breve história

A terra, como muitas no Alentejo, surgiu de uma necessidade de povoamento, numa zona quase deserta depois da Reconquista. Povoou-se, com o que deu, e com o empurrão da Ordem de Santiago, uma cavalaria constante do litoral sul português. Transformou-se depois numa presa para a antiga pirataria vinda do norte de África, maioritariamente Argelina, e compreende-se o porquê de ser tão apreciada por esses corsários magrebinos em busca de saques valiosos. Depois ficou dependente dos seus pescadores até se transformar num segredo de guia turístico.

Milfontes serve para não se fazer nada. É para se ver, quieto e com olhos de viajante, porque é a olhar que se viaja. De resto, se a obrigação de se fazer alguma coisa der sinal, pegue-se em cana e linha e siga-se rio acima, ou mar abaixo – peixe não falta.

Odemira – o que fazer, onde comer, onde dormir

De Odemira ficam sempre as praias, em continuação, ao longo da Costa Vicentina. Não há uma que não se recomende. Da Praia do Malhão, ainda a norte de Vila Nova de Milfontes, à Zambujeira do Mar, já a sul do Cabo Sardão, um rolo de areais escondidos por arribas vai-se revelando aos mais aventurosos. A Praia do Brejo Largo, a Praia do Almograve, a Praia do Cavaleiro, entre dezenas de outras, são de visita obrigatória. Para dentro não nos podemos esquecer da praia fluvial de Santa Clara-a-Velha, na barragem com o mesmo nome, e do Pego das Pias, um dos segredos do concelho.

O descanso pode ser feito em várias casas e quintas que por ali se espalham. Salienta-se a sustentabilidade da Figueirinha Ecoturismo, a Quinta do Chocalhinho junto à sede de concelho, e a Herdade do Touril em pleno Parque da Costa Vicentina.

Se a intenção for conhecer o interior do município, recomenda-se a casa Sernadinha.

Mais oferta para dormidas em Odemira podem ser vistas em baixo:

Mapa

Coordenadas de GPS: lat=37.72505 ; lon=-8.782496