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Muito semelhante à Anta do Zambujeiro, a Anta do Tapadão é de menores dimensões, o que não significa que seja pequena – pelo contrário. Aliás, é conhecida por iludir quem a vê de fora – a linha de terra encontra-se bem mais acima do lado exterior do que do lado interior, e depois de entrarmos a anta revela-se bem mais ampla do que parece.

Podemos vê-la junto à estrada que vai do Crato até à Aldeia da Mata, já na parte norte do Alto Alentejo, uma zona em que o megalitismo neolítico não é um apontamento mas sim uma constante da paisagem.

O ventre do Tapadão

O corredor, extenso, com mais de dez metros de comprimento, está virado para oriente, de onde o sol nasce, para que os seus raios penetrem (ou a nível simbólico, fecundem) a anta todas as manhãs.

Uma anta, sabemos, funciona no domínio sacro, enquanto elemento feminino (por oposição ao menir, masculino). É nesse sentido que compreendemos o espólio encontrado dentro da câmara: ossos, um báculo, objectos votivos, amuletos alusivos à Deusa-Mãe. E é também nesse sentido que percebemos o  porquê de utilizarem as antas enquanto túmulos colectivos, um ventre pétreo onde os humanos retornam depois de morrerem.

Características da Anta do Tapadão

A maior característica é a sua precisão geométrica. Se a pudéssemos ver de cima, perceberíamos o nível de detalhe em que os sete esteios se encontram dispostos (descontando o que bloqueia a entrada que não será exactamente um esteio).

Encontram-se organizados num alinhamento quase simétrico – e é sempre bom relembrar a frequência com que o número sete é encontrado nestas arquitecturas, sublinhando o carácter mágico destes monumentos aparentemente toscos.

Choca, contudo, o monolito em forma de círculo com que quase fecharam o acesso à câmara, pela entrada nascente, isto é, pelo corredor. Hoje, para ir até ao interior da Anta do Tapadão, temos de o fazer pela porta traseira, aproveitando um dos esteios que a formam, que se encontra parcialmente cortado. Ou, em alternativa, com uma pequena ginástica, passar por baixo da tal pedra circular que cerra a portada principal.

Crato – o que fazer, onde comer, onde dormir

​A Anta do Tapadão e a Anta do Crato são os dois exemplares que mais merecem ser vistos neste paraíso megalítico que é o Alto Alentejo. Não esquecer o incontornável Mosteiro de Flor da Rosa, hoje transformado em pousada, bem como um alívio de estômago no restaurante O Recanto, tantas vezes incompreendido (o ensopado de borrego e a alhada de cação são um mimo). Para dormir, além do já mencionado mosteiro, considere-se a Casa do Largo para turismo rural.

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Mapa

Coordenadas de GPS: lat=39.302986 ; lon=-7.713373